segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A PREGUIÇA

Cinco horas
De manhã
O azul do céu a cintilar
Cai o orvalho
Como se fosse chuva
Vem aliviar o calor
Horrendo chuveiro
Entre os espinhos me chacina
Molho o corpo pra alertar
Apinhado de cheiro me vejo agora
Depressa corro e me arrumo
Como é difícil o lidar

Olho no canto
E te vejo ali
Tão cansada do dia-a-dia
No meio da preguiça matinal
Encanto belo da menina
Que se fez vida em mulher
Espreguiçando até tremer
Você geme, que dor!?
Não há mais nada a fazer
É preciso lidar

Já vou no segundo café
Quando você se levanta
Cheia de ginga de preguiçosa
A passos curtos segue ao banho
Pena dá! e muita!
Mas precisamos continuar
Após a chuveirada
O frio vem
Vem sem graça, mas faz bem
Bem depressa pra acordar
Pois é preciso lidar

Cama companheira
Preguiça ardilosa
Quem mediria os teus encantos?
Quem resiste aos teus prantos
Tuas carícias são profundas
Nuanças mil de um sonho bom
É pesar de mil almas
Sair da tua companhia
É loucura da vida de ultimamente
Essa vida de lidar

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