segunda-feira, 9 de novembro de 2009

UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO

Um dia tive duas andorinhas
Que belas eram elas
Amáveis, receptivas, dadas aos outros
Embora não vivessem em gaiolas
Tinha-as como se fossem minhas
Eu as amava tanto
Que nem mesmo sabia a profundidade
Elas me fizeram bem
Trouxeram a mim tudo que é bom
Tanto me cativaram
Que aos seus encantos me dobrei

Por vezes ficava triste
Ao ver-las partir de tempos em tempos
Partiam para cumprir sua missão
Pois a andorinha tem que ser livre
O seu limite é o céu
E nele desliza com beleza e sem estresse
Sem esforço
Seu limiar é até onde o vento lhe leva
Em terras longínquas
Conhecendo diferentes povos e culturas
A tudo observando
Em tudo dando graças
E nessa prisão construída na liberdade
Recheada de vários portos
A muitos cativou
A muitos recheou de graça
Eu fui um deles

Afável andorinha
Doou de si
Doou da vida
Ensinou a nada se apegar
E com isso mostrou simplicidade
Eu fui um dos que assisti a esse espetáculo
Sim, eu fui um desses que tanto recebi
Como se já soubesse que da andorinha pertence o céu
Assim foram minhas andorinhas
Que triste pois sem partida não as vi
Quem sabe isso me fosse melhor
Pois a dor da separação poderia ser mais intolerável

Ontem os vi novamente no viveiro que chamamos “Tenda”
Fiquei sem palavras de tanta saudade
As mesmas foram traduzidas num abraço
Que momento belo
Lá estavam elas
Lindas como sempre
Afáveis
Nosso encontro foi alegria e tristeza
Encanto do encontro
Desespero da eminente partida

Nas diversas pontes aéreas
Vocês levam consigo um pedaço de mim
A vocês condeno eternamente de “ladrões de sentimento”
Pois me arrebataram amizade
Mesmo no pouco tempo em que lidamos
Sou devedor vocês
E vocês de mim
Agora voa andorinha
Avança pelo vento
Segue em frente
Pois tua sina é dar graça ao mundo
Mesmo que longe, bem de longe te observe
Isso já será para mim um prazer adorável
Pois contigo aprendi no revoar da vida como uma andorinha só não faz verão

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

EU SOU O CARA QUANDO ESTOU CONTIGO!

Do pai o primeiro
Da mãe só mais um
Da tia o "bacorote"
Do irmão o "sonçu"
Da irmã o invejoso
Da primeira escola o baixinho
Da segunda o baixinho também
Dos primos o "taubinha"
Da sala de aula, muitas vezes o número 24
Da bola o trapalhão
Da educação física, a superação
Da bicicleta, o azarado
Do primeiro automóvel, o certinho e bobo!
Do segundo, o apressado
Do terceiro, enfim acertei!
Da primeira casa, ufa! quase que não sai!
Da segunda, por muita insistência!
Da terceira, que cabeça dura, ein?

Da primeira namorada, totalmente platônica!
Da segunda, ainda platônico!
Da terceira, que droga... platônico, não agüento mais!
Da quarta, que fora!
Da quinta, a preocupação dos pais!
Da sexta e última, "o fora" virou oportunidade!
Da primeira gravidez, a moça do pai, a Brenna
Da segunda, veio o espírito forte do Guiga
Da terceira, o amor em pessoa do Ítalo
A primeira grande dificuldade, O trabalho
A segunda, Não conseguir estar em casa quando se quer
A terceira, As tantas viagens

Esse era eu!
Um quase execrado da vida!

Sou saco remendado
Sou punho de rede amarrado
Sou pinico debaixo da cama
Sou um bebe-água
Sou "menino-vei"
Sou leso, sou lento, sou jogral

Mas pra minha sorte te encontrei...
E vi que só dou certo contigo!
Em ti aprendi a tratar meu cinismo!
Tratar até meu orgulho-próprio!
Deixei de ser "um orgulhoso só" e passei a ter orgulho de você!
Contigo, aprendi que "dar certo" é uma questão de insistência!
Com você aprendi que a água, normalmente contorna seus obstáculos!
Com você enxerguei a beleza da vida, das crianças, de ficar em casa sem fazer nada!
Com você amor, eu me vi transformado de uma "besta-homem" em um "abestado de amor"!
Fiquei boçal de ter ti conhecido me vi inebriado nesse desvario!

Teu olhar me seduz
Tua boca me seca
Teu sorriso me constrói
Teu corpo me mata
Você me faz tremer!

E nessa devassidão me achei consumido
Embriaguei-me com o amor que de você exala
Sou um alcoólatra dessa paixão
E desse vício não há mais fuga
Pois nessa densa perdição não há egressão
Mesmo que no delírio de voltar atrás caísse
Não o conseguiria mais
Pois estou cooptado na carne contigo
É muito mais que uma simbiose
Pois dessa relação sou dependente na alma, corpo e espírito

Você é calor e loucura
É cadência e temor
É o desconhecido sendo revelado
Você é tudo que eu sempre careci e que por tanto tempo não notei
Você é arte a ser apreciada
É o brilho da manhã dos meus dias brunos e sem graça
Sem você amor, não haveria esse eu, liberto e franqueado
Mas um simples garoto mimado cheio de pusilanimidade e estresse
Um menino cheio de si e vazio dos outros.

Você me transformou
Em teus braços me tornei homem
Sem você seria o mesmo ossudo de outrora
De pernas finas
E coxas grossas
De cabeça grande
Filho de Raimunda e Jessé, simplesmente um Zé!
Um Zé ninguém do ventre crescido
Cheio de vermes e outros males
Seria dado à fraqueza
E nessa certeza seria pela morte logrado
Da velhice seria amigo mesmo ainda em tenra idade
Seria um nada
Um tiquinho de gente
Um trocinho qualquer

Assim hoje, agora e sempre, quero dizer pra todo mundo ouvir que
Te amar me fez bem
Me faz bem
Te amar me faz Zen
Te amar é minha maior carência
É minha precisão
Sou um eterno escravo desse amor, e com prazer o sou!

A PREGUIÇA

Cinco horas
De manhã
O azul do céu a cintilar
Cai o orvalho
Como se fosse chuva
Vem aliviar o calor
Horrendo chuveiro
Entre os espinhos me chacina
Molho o corpo pra alertar
Apinhado de cheiro me vejo agora
Depressa corro e me arrumo
Como é difícil o lidar

Olho no canto
E te vejo ali
Tão cansada do dia-a-dia
No meio da preguiça matinal
Encanto belo da menina
Que se fez vida em mulher
Espreguiçando até tremer
Você geme, que dor!?
Não há mais nada a fazer
É preciso lidar

Já vou no segundo café
Quando você se levanta
Cheia de ginga de preguiçosa
A passos curtos segue ao banho
Pena dá! e muita!
Mas precisamos continuar
Após a chuveirada
O frio vem
Vem sem graça, mas faz bem
Bem depressa pra acordar
Pois é preciso lidar

Cama companheira
Preguiça ardilosa
Quem mediria os teus encantos?
Quem resiste aos teus prantos
Tuas carícias são profundas
Nuanças mil de um sonho bom
É pesar de mil almas
Sair da tua companhia
É loucura da vida de ultimamente
Essa vida de lidar

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Fim do Final de Semana

Dormi cansado e acordei mais ainda

O desanimo me rodeia

A preguiça me corrói as forças

A lerdeza é minha companheira

E a molúria minha irmã

Fui dormir bem depois da meia noite

São 05:00h da manhã e vejo que o final da semana acabou

Com o corpo alquebrado, não tenho forças para lançar fora minha lassidão

O sol já aparece na janela

E ele grita forte: Levanta ó preguiçoso

Depois de bocejar alguns segundos, vejo que o frio da noite me pegou de jeito

O chão parece mais um bloco de gelo

As chinelas parecem congelar meus pés

Chegando ao banheiro vejo que o chuveiro ri para mim com gargalhadas malignas

São gritos de horror que surgem da mais pura friagem que alguém já viu

Meu algoz não perdoa e com chicotadas frígidas ele espedaça meu corpo

Grito, corro, volto, pulo, gemo e nada me socorre

Diante do meu desespero, como última esperança, vejo meu anjo da guarda

Minha toalha já velha e surrada chama por mim

Meio que sem jeito, devido à friúra, corro para meu socorro e com prazer me atiro aos seus encantos

São 05:20h e vou me arrumar, é mais uma segunda-feira...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mundo Globalizado e o Samaritano

Mundo globalizado. Um termo da moda. "Mundo" como palavra já significa em si um conglomerado. Mundo é junção de gente, raças, povos, tudo e todos. Mundo é como um coletivo. Globalização já é mais atual. É gente de lá e de cá, interagindo, comprando, vendendo, viajando. É trânsito de gente, de mercadorias, de informações, de dados. É a volta da aldeia, da aldeia global! Onde não há mais barreiras, onde tudo está próximo!
Compro um tênis da Nike. O Tecido veio da China. A borracha do Brasil. Mas a montagem foi em Honduras. Depois exportado para os Estados Unidos. Comprado pela internet numa loja que fica na Inglaterra. Viajou por um avião da Emirates e entregue na minha casa, aqui em Fortaleza! Tudo interligado, interessante, não é? Quanta gente trabalhando pra que tudo dê certo! Quanta sinergia! O mundo globalizado é assim! Vários subsistemas integrados para realizar uma tarefa complexa!
Mas pense comigo, atrás de tudo isso, de tanta tecnologia tem gente de carne e osso, como eu e você.
Mas o que essas pessoas têm em comum em tudo isso?
Que aparências podem ser observadas em cada uma delas?
Vou citar uma delas: A luta pela sobrevivência!
Nessa aldeia global nada se apresente mais claramente que o comércio. A luta pela vida, pelo sustento. Money. Tempo é dinheiro dizem os investidores. Ele é quem movimenta pessoas, estruturas, projetos grandiosos, logística internacional, etc. Esse mesmo comercio também nos leva a um modo de vida carregada de adrenalina. Pois nós fazemos parte desse sistema. E de uma forma ou outra essa "engrenagem" complexa que tem tantas dependências e interdependências tem que funcionar e entregar seus produtos. Essa é nossa forma de viver! De vivenciar o tempo aqui neste mundo. Assim a agilidade não é uma característica desejável, mas uma necessidade funcional! Todo esse conjunto de coisas que aqui chamo de "ecossistema da vida" nos leva a vivenciar as coisas tão rapidamente que muitas das vezes perdemos o poder de observar o belo da vida. A simplicidade das coisas se torna fugáz. Com o passar do tempo não a notamos mais muitas coisas acontecerem. Interessante é que ficamos tão envolvidos nessa lida que fica difícil se desligar, desconectar. Sempre a algo a perder quando se faz isso. E o preço não é baixo. Às vezes é perder tudo que se construiu, amigos, sucesso, dinheiro, toda uma vida ou ser taxado de doido, dês-antenado, lunático, etc. Esse "ecossistema da vida" nos tornou escravos de nossa própria criação. Vassalos de nós mesmos.

Pra ser franco, é mais fácil viver os dias na velocidade que eles se passam do que simplesmente "pausar" e apreciar a vida. Estamos tão atônitos com a velocidade, facilidade e automaticidade com que as coisas acontecem que nem pensamos na possibilidade de vivenciar essa existência fora desse ecossistema. Numa parada para ver a vida como ela é podemos enxergar que nem todo mundo se deu bem nesse "World way of Life". Existem milhares de massacrados que se sujeitam a comer a escócia do lixo. Outro dia ouvi meu sogro falar que crianças na África estavam comendo biscoitos de lama e manteiga para não morrerem de fome. Guerras têm ceifado a vida de milhares ano após ano, enquanto isso governos e grandes empresas recolhem a rodo milhões de dólares vindos do lucro inescrupuloso desses combates. Aqui mesmo no Brasil, terra onde se estraga cerca de 30% de todo produção de alimentos, a desnutrição ainda assola a milhares. Hospitais abarrotados, sendo que alguns doentes esperam até na calçada, pois não há como atender todos. Propagandas assassinas de cigarros, bebidas e outras drogas são escancaradamente transmitidas por todas as partes do planeta, enquanto isso milhões de reais são desviados por anões do orçamento, cuecas de parlamentares, fetiches sexuais dos governantes e toda a sorte de calhordice. Quando chamados à explicação os tais trazem à tona toda a sua arte de tergiversar afim de que tudo acabe em "pizza".
No meio de tudo isso está eu e você. Tendo nossas mentes às vezes liquefeitas nessa bosta toda. Quem não sabe de todas estas coisas? Quem não ouviu falar de tudo isso? Certamente já ouvimos, todavia essas verdades são meio que intragáveis. Difíceis de engolir. Quem não vendo a desgraça do próximo não sentiu no íntimo uma sensação de agradecimento a Deus por não ter nascido naquela situação? Certamente é mais fácil ver a necessidade e comentar sobre ela, e filosofar. Às vezes até arrancar lágrimas dos outros numa dessas histórias que circulam pela internet, nas correntes de e-mails, etc. Nosso ecossistema de vida trabalha em altas velocidades para justamente criar uma defesa contra todas as desgraças que nos cercam. Por isso vemos a desolação de tantos, choramos e alguns minutos depois, tudo passou. Vemos a criança na esquina, o pedinte que tem a cara da miséria estampada no rosto e sentimos o coração arrepiar de pena, mas logo que o sinal abre aceleramos e tudo se dissipa. Somos diariamente anestesiados de toda a sorte de desgraça que ocorra ao nosso meio. Tudo isso é fruto da mesma velocidade que vivemos hoje em dia. Ela cria em nós um tipo de exoesqueleto-psíquico que como couraça nos protege de molestar a mente. Na verdade nos torna sínicos. Nos torna covardes perante as necessidades dos outros. Com o passar dos dias e anos, nos tornamos "secos". Secos de alma. A vida que resta em nós fica árida, só restando gotas de caridade que logo são consumidas pelo amor-próprio.
Pensando nisso relembro o texto de Lucas 10:30 que fala de um homem que descia de Jerusalém para Jericó e foi assaltado ficando segundo a palavra "meio-morto". Dois homens considerados os "crentes" da época vieram, mas vendo-o, a Bíblia fala que eles “passaram de largo”, ou seja, não quiseram se intrometer, pois a situação seria quem sabe embaraçosa, ou estavam apressados. Ocupados, etc. Nesse momento quem para é o desgraçado do samaritano. Um rejeitado pelos judeus, um inimigo meu e teu que com desvelo cuida do homem e ainda dá ordem na hospedaria para que todas as despesas corram por conta dele. Xiii que estranho? De quem menos se esperou é que se veio a ajuda!
Vendo isso me pergunto:
Será que somos próximos somente de quem queremos bem?
Pensando bem, que bem há em nós para que sejamos próximos uns dos outros?
Até quando permaneceremos cínicos? Enganando-nos a nós mesmos?
Vejo que não há melhor momento de repensarmos tudo isso, do que agora, quando a igreja passa pela série JUNTOS. Ainda mais pela introdução feita ontem pelo pastor Armando, neste domingo quando uma das palavras chaves foi “pausar”. Sugiro que assim o façamos, pois o mover do Espírito tem levado a liderança da igreja a pensar de forma unânime. O projeto pode levar a muitas mudanças. A abrir a mente de tantos, da minha, da sua! Pausar significa romper com o ciclo vicioso dessa vida que nos arrasta para um cinismo sem fim, para um amor fajuto cheio de engano, egoísmo e auto-preservação.
Chegou a nossa vez! Chegou a nossa hora! A hora de fazer como Samaritano. Romper com todos os padrões desse ecossistema e realmente estender a mão ao que precisa e não simplesmente olhar pelo vidro do carro com uma pena que se desfaz na primeira acelerada do motor.



Abraços MIL!



Salomão Soares
http://salomaosa.blogspot.com/

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vixe quanto eu te amo!

Vixi quanto te amo!

Te amo calado
Te amo falando
Te amo na boa
Te amo brigando
Te amo bonito
Te amo tristonho
Te amo sentindo
Te amo enfadonho
Te amo no bom e no ruim
Te amo no aprisco e no jardim
Te amo na lama e no caldo
Te amo descalço e até calçado
Te amo de lá
Te amo de cá
Te amo rindo
Te amo chorando
Te amo grunindo
Te amo cantando
Te amo
Amo!
Amo-te!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O bom e bonito Cearês

Ser do Ceará é uma coisa única! É quase inexplicável, pois existe toda uma magia-segredo (não magia-engodo) no ser cearense. Esse "ser" não é somente para os que nasceram aqui não... mas para todos que de coração renasceram nas águas claras que banham as praias cearenses. Isso sem falar no bom humor clássico, pois como é sabido a muito tempo, somos os maiores exportadores de humoristas do mundo! E como se não bastasse tanta classe, somos ainda um povo de uma língua carregada de textura da caatinga. É o "cearês" uma lingagem própria e cheia de enganos, mas recheada de sentimentalismo transmorfo de palavras e neologismos quase cacofônicos. Para os marinheiros de primeira viajem é complicado entender o cearês de primeira, mas aos poucos vai se acostumando.

Realmente somente o povo daqui pra criar um universo de palavras, termos, expressões que quase dão uma língua. E por que não ser isso sim uma língua, pois é a pura expressão coloquia de um povo, regional em tudo que faz.

Seguem algumas expressões que facilmente podem ser encontradas na boca de um bom e legítimo cearense:

ARRUDIADO
AMARELO QUEIMADO
ACUNHAR
BÃE DE CUIA
BAITINGA
BAITOLA
BAIXA DA ÉGUA
BALADEIRA
BALDEAR
BAQUEADO
BATER A CAÇULETA
BATER FÔFO
BATORÉ
BILA
BILOTO
BOCA QUENTE
BOGA
BREADO
BRENHA
BRIBA
BRUGUELO
BULIÇOSO
BULIDA
BUNEQUEIRO
BUTAR BUNECO
CABEÇA CHATA
CABRA MACHO
CABRA ERRADO
CAGADA
CAGADO
CAJUÍNA
CAMBITO
CANELAU
CÃO CHUPANDO MANGA
CAPAR O GATO
CARNE SECA
CARTEIRA DE CIGARROS
CASA DO CHICO
CATREVAGE
CAXAPREGO
CEROTO
MEU CHAPA
CATIROBA
CATREVAGE
CHABOQUE
CHAPÉU DE TOURO
CHEI DOS PAU
CHULIPA
CIBAZOL
CIGARRO A RETALHO
COMÍ QUE FIQUEI TRISTE
MAIÓ COMEDIA
COISAR
CORRALINDA
CORRER FROUXO
CRUZETA
CUMELÃO
CURUBAU
CUSTAR
DANADA
DAR CABIMENTO
DAR O GRAU
DAR O MAIOR 10
DIABEISSO
DISTRENADO
DOIDIM
DOIDO PRA MATAR O VERME
DOR DE VIADO
É O NOVO!
EMPAZINADO
EMPATA
EMPIRIQUITAR
EMPRIQUITAR
ENCARNADO
ENGABELAR
ENGOMAR
ENRABICHADO
ENREDAR
ESCROTO
ESTRIBADO
ESTRIPULIA
FAZER HORA
FAZER MERCANTIL
FAZER SABÃO
FAZER FIO TERRA
FECHAR FECHICLER
FEIRINHA
FLOZÔ
FOI MAL
FRESCAR
FULEIRO
FULERAGE
FUMANDO NUMA QUENGA
GALALAU
GALINHA À CABIDELA
GASGUITA
GASTURA
GATO RÉI
GENTE BONITA QUE NEM PRESTA
GIGOLETE
GOROROBA
GRELADO
GUARIBADA
INHACA
INVOCADO
ISPILICUTE
ISPRITADO
ISTRUIR
JANGADA
JERIMUM
JUDIAR
JURURÚ
LABIRINTO
LERIADO
LETRECA
LISO
LORÉU
LUNDU
MACHO RÉI
MAGOAR
MAGOTE
MALAMANHADO
MALDAR
MANÉ
BOFÃO
MANGAR
MANJUBA
MÃO DE VACA
MARMOTA
MEIOTA
MELADO
MERENDAR
MEROL
MEUZOVO
MININO RÉI
AMARELO
MIOLO DE POTE
MÔCO
MOÇA
MÓI DE CHIFRE
MUGUNZÁ
MUNDIÇA
MURIÇOCA
NÃO DÁ UM PREGO NUMA BARRA DE SABÃO
NUM FRESQUE NÃO!
OBRAR
ONTONTI
ÔI DA GOIABA
OVA DE CURIMATÃ
PAÇOCA
PAI D'ÉGUA
PANELADA
PÃO D'ÁGUA
PÃO SOVADO
PAPEIRA
PAPEL DE ENROLAR PREGO
PASSARINHA
PASTINHA
PASTORAR
PÉ DE MOLEQUE
PÉ DE PAU
PÉ DE PLANTA
PEBA
PEDIR PENICO
PEIXADA
PENTEADEIRA DE PUTA
PITÉU
PRESEPEIRO
QUEIMA RAPARIGAL!
QUENGA
QUENGO
RABIÇACA
RACHA
RACHADA
RAPAZ
RATA
REBOLAR NO MATO
REIMOSO
REMELA
RENDA
RESPEITE!
SABACÚ
SAI DO MEI
SALSEIRO
SAMANGO
SARRABULHO
SE ABRIR
SEM FUTURO
SIBITE BALEADO
SÓ O BURACO E A CATINGA
SÓ O MI
SÓ OS QUEIXO!
SUSTANÇA
TERONTONTI
TEM É ZÉ!
TOPADA
TRAÇAR
TRISCAR
UM TRISCO
UMA PINÓIA!
UMA ROLADA
UMA RUMA
UNHEIRO
VACILAR
VAI TE LASCAR!
VARAPAU
VENHA CÁ
VERMINOSO
VEXADO
VISAGE
VITALINA
VIXE!
XODÓ
ZUADENTA
ZAMBETA

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vitória contra o Pecado!

"Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo". Gen 4:7

É incrível como em momentos de tensão e raiva somos por muitas vezes dominados por um "instinto" quase incontrolável. Ele geralmente nos direciona a fazer o que geralmente nos arrependemos posteriormente. Hoje me lembrei das palavras do Senhor à Caim onde fica exposto que a tomada de descisão, para onde direcionar nosso intento, é plenamente nossa. Sendo assim, podemos até pensar que há forças em nós vencer o pecado, todavia isso é um doloso engano. O pecado está muito mais permeado em nossa vida do que podemos imaginar. O danado já se alastrou por cantos e recantos, recobrindo muitos mais do que a nossa ingênua imaginação pode entender. É como uma metastase que não pode ser controlada. Se não vejamos nossas intensões, quão distorcidas são, não seria assim? mesmo que vez por outra? Note que estamos falando do que acontece e, ainda conseguimos rememorar, sendo ainda tudo isso fatos do agir, da empreender, do fazer, da reação. Nem me atrevo a entrar na área da omissão pois sei que dela nunca me sairia menos impune.

Só há uma forma de vencer o pecado. A nossa Fé em Jesus Cristo. Isso é reconhecer que não há nada em nós que possa resistir ao pecado. E assim se entregar aos cuidados de Deus e confiar nele, pois nele há proteção. Ele é a fortaleza onde podemos estar seguros e perdoados. Hoje e sempre.

Ao bendito Deus de Graça, Perdão e Amor.

Abraços MIL,

Salomão Soares

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A arte do assombro!

Não deixem de ler esse artigo de meu amigo e mentor Ricardo Marques. É mais que atual. É tocante!

A Arte do Assombro, BLOG Cotidiano e Fé no Jornal OPOVO!

Letras para que te quero

Letras para que te quero?
Para fatigar meus dedos
Para camuflar meus sentimentos,
Para organizar minhas idéias
Para saciar o desejo incontido da mente
Para guerrear com palavras
Para agredir com a fonemas cacofônicos
Para codificar termos que se exprimem no pensar
Para... para... para o que mesmo?
É tanto "para" que a gente não pára nem para pensar direito!

Letras para que te quero?
Te quero paras delícias do amor
Afagando o desejo do corpo
Demostrando o facínio dos olhos
Esclarecendo o encanto da vida
Gritando para todos
Susurando para alguns
E de gerundio em gerundio exprimir tudo e a todos fazer sentir-se comuns!

Letras para que te quero?
Te quero para amizade, para
Arder na lareira da missão
Chorar no ombro do cuidado
Crescer caminhando em mutualidade
Servir esvaziando-me em meu ministério
Esquecer meus medos e dores
Saber que não sou só
E no infinitivo das palavras desatar em mim todo o nó!

Letras para que te quero?
A letra por si só mata!
Mas na dança do espírito... ganha vida... e doa vida!
Letras, te quero par me desnudar e nadar e mim mesmo.

O cronista o chronos e a dívida da vida

De cronista me chamaram
De cronista nada sou
De cronista só levo a paixão pela pena
Que apesar de digital e serena
Mostra a vida e seu horror

De cronista levo gosto pela palavra, sim
Da palavra que não se encerra
Que exprime com clareza
Mostrando toda a beleza
Da arte de ser tamborim

O tamborim sempre foi servo
Servo para todos agachado
Assim sou servo para sempre
Afim de que eternamente, Deus seja louvado

Mas de vôo em vôo solto um “palavrão”
Mostrando que de tudo sempre lanço mão
A não ser a Palavra
Para evitar com certeza
As tramas da natureza
Que me embebedam de mim

E do grito das palavras
Nasce do coração infante
Um sonho do cronista
Que nada tem de fascista
Pois seu verbete é, e sempre será dissonante

Ói eu aqui geeente!

Aqui estou, seguindo o costume da era atual de aparecer no mundo virtual portado de bons companheiros, o mouse, teclado (ambos com fio) um bom monitor de 19", tudo isso turbinado num Intel Core Duo que estou usando.

Não é nenhum puro sangue, mas com 2Gb de memória RAM e um disco rígido de sei lá tantos gigas vem dando pro gasto. E como orquestrador de tudo isso, ainda infante, um Linux Ubuntu 9.

Do lado de cá, de forma natural, segue o brutamontes (eu) que como galinha debulha o teclado em busca das letras ideais para dar sentido as palavras que a mente não para de soltar. Infelizmente é uma guerra que já perdi, pois a mente metralha de ideias como um AR-15, enquanto isso, meus dedos estão na era do estilingue. Tire daí a velocidade! Mas passado isso, tenho me esforçado.

Aqui estou então! Tão só e tão acompanhado. Esse é meu disfarçe. Minha armadura. Nada mais.